A importância da atividade cognitiva: estratégias para uma mente saudável

Quando falamos em saúde, logo pensamos em alimentação, exercícios físicos e consultas médicas. Mas, assim como o corpo, o cérebro também precisa de cuidado e estímulo para se manter saudável ao longo da vida e é aí que entra a atividade cognitiva.

O que é atividade cognitiva?

Atividade cognitiva é qualquer ação que estimule o funcionamento do cérebro, envolvendo processos como atenção, memória, raciocínio, criatividade e linguagem. Isso inclui desde atividades formais, como estudar ou aprender um novo idioma, até tarefas cotidianas, como cozinhar seguindo uma receita, jogar um quebra-cabeça ou ter uma conversa estimulante.

Por que ela é importante?

Com o passar dos anos, o cérebro passa por mudanças naturais que podem afetar a velocidade de processamento e a memória. A boa notícia é que, assim como um músculo, ele pode ser “treinado” para manter-se ativo e funcional por mais tempo.

Estudos mostram que a estimulação cognitiva regular pode:

1. Manter a memória afiada e reduzir o risco de declínio cognitivo.

2. Estimular a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de criar novas conexões.

3. Melhorar a autonomia, ajudando na resolução de problemas do dia a dia.

4. Promover o bem-estar emocional, aumentando a autoestima e a sensação de propósito.

Atividade cognitiva na vida prática

Incorporar momentos de estímulo mental não precisa ser complicado. Aqui vão alguns exemplos simples e eficazes:

• Ler livros, jornais ou artigos sobre temas variados.

• Aprender algo novo, como um instrumento, dança ou idioma.

• Jogar xadrez, sudoku, palavras cruzadas ou jogos de tabuleiro.

• Participar de grupos de conversa e debates.

• Criar: pintar, escrever, fotografar ou cozinhar receitas diferentes.

O mais importante é que a atividade seja desafiadora e prazerosa — o desafio mantém o cérebro ativo, e o prazer garante que o hábito se mantenha. Aqui na Nandarê, a gente oferece treinos de memória que trabalham as diferentes áreas da nossa cognição, promovendo agilidade mental, foco, raciocínio lógico e criatividade, além de estimular a socialização e a autoconfiança em cada conquista.

Conclusão

Cuidar do cérebro é um investimento para o presente e o futuro. Assim como reservamos um tempo para cuidar do corpo, também devemos reservar momentos para nutrir nossa mente. Estimular-se cognitivamente é viver com mais autonomia, criatividade e clareza mental.

Referências

ALMEIDA, O. P.; CROCCO, E. I. Percepção de prejuízo de memória em idosos não dementes. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 58, n. 2B, p. 470-477, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-282X2000000200015.

Organização Mundial da Saúde. Plano de ação global sobre a resposta da saúde pública à demência 2017-2025. OMS, 2017. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/global-action-plan-on-the-public-health-response-to-dementia-2017---2025.

YASSUDA, M. S.; ABREU, I. D. Treino de memória no idoso saudável: Impacto de estratégias externas e internas. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 3, p. 470–481, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-79722006000300016.

Redigido por

Sandy Nonaka - Estagiária em Gerontologia

Revisado por

Audrey Ricetto - Gerontóloga