Uso Consciente de Telas: Um Aliado para o Envelhecimento Saudável
- Administrativo Nandare
- 1 de ago.
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Vivemos em uma era digital. Celulares, tablets, computadores e televisões fazem parte do nosso cotidiano. Se por um lado a tecnologia facilita a comunicação, estimula o raciocínio e conecta diferentes gerações, por outro, o uso excessivo de telas tem trazido impactos importantes que merecem atenção, principalmente quando falamos de envelhecimento saudável.

Uma pergunta simples pode gerar reflexões profundas: quantas horas por semana você passa em frente a uma tela de celular, televisão ou computador?
A maioria de nós não sabe ao certo. Mas os próprios celulares podem fornecer essa resposta, por meio da função de “tempo de uso” ou “bem-estar digital”. O número de horas que aparece pode surpreender.
O tempo em frente às telas nem sempre é nocivo, mas o excesso pode trazer riscos silenciosos. O sedentarismo é um deles, pois quando o corpo passa muito tempo parado, especialmente na posição sentada, aumentam as chances de perda muscular, piora da flexibilidade e maior risco de quedas. Além disso, o uso prolongado de telas pode causar fadiga ocular, dores no pescoço e até alterações no sono pelo estímulo da luz ao cérebro.
Outro impacto importante é o isolamento social. Em vez de promover vínculos, o uso exagerado da tecnologia pode afastar do convívio real. Para algumas pessoas, especialmente aquelas que vivem sozinhas, o celular ou a TV acabam sendo companhia constante, o que pode parecer conforto, mas muitas vezes é sintoma de solidão.
Estudos apontam ainda a associação entre uso excessivo de telas e piora na saúde mental, como aumento de ansiedade, estresse e distúrbios do sono em pessoas idosas. A tecnologia, quando usada com consciência, pode ser uma aliada. Mas, quando domina nosso tempo e rouba o espaço da convivência, do movimento e da presença, é preciso reavaliar.
A boa notícia é que a mudança pode começar com pequenos passos. Reduzir gradualmente o tempo nas telas, criar pausas, fazer caminhadas curtas, conversar mais com quem está por perto e buscar conteúdos que estimulem o corpo e a mente são atitudes que fazem diferença.
Que tal reduzir 30 minutos por dia do tempo de tela e usar esse tempo para algo que faça bem à sua saúde e bem-estar?
Referências:
Andrade, A. et al. (2022). Tempo de tela e saúde física e mental em idosos: uma revisão integrativa. Observatório Latino-Americano. Link: https://ojs.observatoriolatinoamericano.com/ojs/index.php/olel/article/download/9296/5877/22572
Rocha, S. V. et al. (2021). Associação entre o uso de dispositivos eletrônicos e a qualidade do sono em idosos. Cadernos de Saúde Pública. Link: https://www.scielo.br/j/csp/aM3jSHjtYkqgXHgDf5m6yqRn/
Ribeiro, R. et al. (2023). Tempo de exposição a telas e efeitos sobre a saúde física e mental: revisão integrativa. Research, Society and Development. Link: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/36527/33417/437945
Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: OPAS, 2005. Link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
Redigido por
Sandy Nonaka
- Estagiária em Gerontologia
Revisado por
Audrey Ricetto - Gerontóloga
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