Conforme envelhecemos, nosso corpo passa por diversas mudanças que podem aumentar o risco de quedas, que são uma das principais causas de lesões entre pessoas com mais de 50 anos, podendo resultar em consequências graves, como fraturas, perda de mobilidade e isolamento social.
Fatores que contribuem para o aumento das quedas:
Mudanças fisiológicas: Com o envelhecimento normal, se não houver nenhum tipo de intervenção, há uma diminuição na força muscular, equilíbrio e coordenação.
Problemas de saúde: Condições como artrite, osteoporose e doenças neurológicas aumentam a susceptibilidade às quedas.
Medicamentos: Alguns medicamentos possuem efeitos colaterais que incluem tonturas e, consequentemente, podem levar a quedas.
Ambiente inadequado: Superfícies escorregadias, iluminação insuficiente, falta de apoio nas escadas, utilização de tapetes sem antiderrapantes são comuns em ambientes não adaptados.
As quedas e o isolamento
Quando um indivíduo sofre uma queda, as repercussões vão além do aspecto físico. O medo de cair novamente pode levar à redução das atividades diárias e à evitação de situações sociais, resultando em isolamento. Esse isolamento pode afetar negativamente a saúde mental e emocional, contribuindo para a depressão e ansiedade. Portanto, é essencial criar um ambiente seguro que minimize os riscos de quedas, encoraje a mobilidade e a socialização.
Adaptação do Ambiente
Investir na adaptação ambiental e em boas práticas é essencial para melhorar a qualidade de vida e reduzir custos associados ao tratamento de lesões decorrentes de quedas. Essas medidas preventivas não só proporcionam um ambiente mais seguro, mas também promovem um envelhecimento ativo e saudável, permitindo que os indivíduos mantenham sua autonomia por mais tempo.
Um ambiente bem projetado protege não apenas a saúde física, mas também contribui para a independência e bem-estar emocional, reduzindo significativamente o risco de quedas.
Portanto, manter a casa limpa e organizada é uma das principais estratégias para evitar quedas. Recomenda-se:
Manter as superfícies limpas e secas;
Instalar corrimãos;
Manter as escadas bem iluminadas;
Optar por cadeiras firmes e de altura adequada para facilitar o sentar e levantar;
Preferir pisos e tapetes antiderrapantes;
Manter corredores e passagens livres de móveis e objetos.
Essas práticas simples ajudam a criar um ambiente seguro, promovendo a segurança e o bem-estar dos moradores.
Os Melhores Calçados para Prevenção de Quedas
Escolher calçados adequados e de boa qualidade também é fundamental. Eles devem oferecer:
Boa aderência: Os calçados devem ter solas que proporcionem boa tração em diferentes superfícies, ajudando a evitar quedas causadas por escorregões;
Bom amortecimento: Um bom amortecimento absorve o impacto ao caminhar, reduzindo o estresse nas articulações e proporcionando conforto durante o movimento;
Tamanho adequado: Escolher calçados no tamanho correto é essencial para evitar desconforto, bolhas e lesões nos pés.
Suporte adequado ao arco do pé: Oferecer suporte ao arco do pé ajuda na distribuição adequada do peso corporal e na estabilidade ao caminhar, reduzindo a fadiga e o desconforto;
Ajustes: Calçados que se ajustam corretamente e proporcionam estabilidade, reduzem o risco de tropeços e quedas.;
Conforto: Calçados confortáveis permitem que você caminhe por mais tempo sem sentir fadiga excessiva, o que melhora a mobilidade e a qualidade de vida.
Movimentação do Corpo
Além disso, a prática regular de exercícios físicos é indispensável para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio. Atividades como caminhada, tai chi e yoga são especialmente benéficas. Ademais, a fisioterapia pode ajudar a recuperar a força e a mobilidade após uma queda, além de fornecer estratégias para preveni-las futuramente.
Memória
A memória também desempenha um papel crucial na prevenção de quedas, pois está diretamente ligada à capacidade de lembrar e responder aos riscos ambientais. Exercícios que estimulam a memória incluem:
Jogos de memória: Desafiam a capacidade de reter e recuperar informações rapidamente.
Quebra-cabeças: Resolver quebra-cabeças como sudoku ou puzzles ajuda a fortalecer o raciocínio lógico e a memória de curto prazo.
Palavras cruzadas: Estas atividades são excelentes para melhorar a capacidade de processar e lembrar palavras e conceitos.
Atividades de aprendizado: Aprender novas habilidades, como tocar um instrumento musical ou estudar um novo idioma, não apenas mantém o cérebro ativo, mas também melhora a capacidade de memória e a plasticidade cerebral.
Manter o cérebro ativo através dessas práticas pode melhorar a capacidade de identificar e reagir a potenciais riscos de queda, contribuindo assim para a segurança e o bem-estar geral.
Escrito por: Carolina Viana dos Santos
Revisado por: Audrey Ricetto
Referências:
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Sherrington C, et al. (2019). Exercise to prevent falls in older adults: an updated systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med.
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